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Filme: Princesa Cyd (2017)

Mai 31, 2025

Filme: Princesa Cyd (Princess Cyd 2017)

Filme de Temática Lésbica

🎬 Resenha Completa — Princesa Cyd (2017)

Direção e Roteiro: Stephen Cone
Duração: 96 minutos
Gênero: Drama | Coming-of-age
Nota IMDb: 6.7


🌱 Introdução: Um verão de descobertas

Princesa Cyd é mais do que um típico drama coming-of-age. É uma história delicada, serena e profundamente humana sobre duas mulheres em diferentes fases da vida que aprendem uma com a outra — não por meio de confrontos explosivos, mas por meio de conversas sinceras, olhares, silêncios e gestos cotidianos.

Então, A protagonista, Cyd Loughlin, é uma adolescente de 16 anos que, após passar por uma tragédia familiar, decide passar o verão em Chicago com a tia Miranda Ruth, uma escritora culta e espiritualizada. Assim, O que começa como um encontro entre duas desconhecidas transforma-se em uma jornada mútua de descoberta, amadurecimento e afeto.


👩‍🦰 Cyd: o corpo, o impulso e o desejo

Assim, Cyd representa a juventude inquieta, física, sensual. Ela é instintiva, impulsiva e ainda moldando sua identidade. Desde o início, percebemos que Cyd não está satisfeita com respostas fáceis: ela questiona o que é amor, o que é prazer, o que é espiritualidade, o que é liberdade.

Portanto, Durante sua estadia em Chicago, ela conhece Katie, uma funcionária de uma cafeteria, e entre elas nasce um romance sutil, leve e carinhoso. Essa relação é tratada com respeito, simplicidade e naturalidade. O desejo entre duas garotas não é tratado como tabu nem como tragédia — é tratado como vida.

Contudo, O filme evita os clichês do “drama lésbico” e apresenta o amor queer como algo belo, cotidiano, libertador. Essa abordagem é raríssima no cinema e é um dos grandes méritos do roteiro de Cone.


👩‍🦳 Miranda: a mente, a contemplação e a linguagem

Então, Miranda é o oposto de Cyd. Escritora renomada de romances espirituais, ela vive imersa em livros, ideias e rituais de introspecção. Seu modo de vida é solitário, mas não solitário por tristeza — é um espaço de autonomia e escolha.

Com Cyd em sua casa, Miranda começa a ser provocada a refletir sobre sua própria relação com o corpo, com o prazer e com o mundo sensorial. Ao mesmo tempo, ela oferece à sobrinha uma forma de sabedoria que não vem do julgamento, mas da escuta.

Assim, O embate entre essas duas formas de existência — uma mais corporal e impulsiva, outra mais espiritual e contida — é o coração filosófico do filme.


🏡 Espaço e tempo: Chicago como paisagem emocional

Então, O bairro onde Miranda mora, com suas ruas calmas, jardins bem cuidados e arquitetura clássica, funciona quase como um terceiro personagem. É nesse ambiente onde o tempo parece desacelerar que a trama se desenvolve.

Assim, Stephen Cone usa a luz natural, os silêncios e os planos longos para construir uma atmosfera contemplativa. Os diálogos são pausados, reais, e permitem que o espectador respire com os personagens. É como se o próprio filme nos convidasse a desacelerar, refletir e sentir junto.


🌈 Representatividade: amor queer e feminilidade plural

Princesa Cyd oferece uma representação extremamente positiva de um relacionamento entre duas garotas, o que é um grande diferencial em um cenário cinematográfico ainda carente de narrativas lésbicas sem tragédia ou hipersexualização.

Mais ainda: o filme celebra diferentes formas de ser mulher. Cyd e Miranda são ambas protagonistas femininas complexas, com valores distintos, desejos diferentes, mas igualmente válidas. A convivência entre elas mostra que a feminilidade pode se manifestar de maneiras muito variadas — e que essas diferenças não precisam levar à rejeição, mas ao crescimento mútuo.


🕊 Temas centrais do filme

1. Liberdade de ser

A personagem de Cyd é movida por um desejo profundo de ser livre: em seu corpo, em sua sexualidade, em suas escolhas. O filme mostra que a liberdade verdadeira não é ausência de limites, mas a possibilidade de escolhê-los conscientemente.

2. Corpo x Espírito

Miranda vive mais no plano das ideias; Cyd, no plano dos sentidos. Mas o filme não valoriza um polo em detrimento do outro. Ao contrário, ele propõe uma integração: corpo e espírito não são inimigos — são partes de uma mesma experiência humana.

3. Gerações femininas

A relação entre Cyd e Miranda foge da narrativa comum de conflito mãe-filha ou tia-sobrinha. Há um profundo respeito e admiração entre elas, mesmo nas discordâncias. Isso gera uma rara beleza: duas mulheres que se escutam, se desafiam, e se influenciam positivamente.

 

Fotos:

 

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